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Declaração sobre a crise. Direção Nacional do PSTU
O governo Dilma (PT), a
oposição de direita, o Congresso Nacional e os governadores estão
querendo que, mais uma vez, sejam os trabalhadores e a maioria do
povo a pagar a conta da crise econômica.
O pacote do governo que
dificulta o acesso ao PIS, ao seguro-desemprego, a pensão por morte
e o seguro defeso dos pescadores é parte do “saco de maldades”
do governo contra os trabalhadores. O “ajuste fiscal” do governo,
que o Congresso quer votar e que governadores e prefeitos também
estão aplicando, tira dinheiro dos pobres para dar aos ricos: retira
direitos, rebaixa salários, promove demissões, aumenta tarifas,
promove privatizações e desnacionalização de patrimônio e
serviços públicos e corta verbas nas áreas sociais, como na saúde,
educação e aposentadoria.
Eles querem garantir
os lucros dos banqueiros, dos grandes empresários, das
multinacionais, o pagamento da dívida aos bancos e a remessa de
lucros para fora do país tirando dinheiro dos nossos bolsos.
Lembrem-se que nas
eleições, Dilma (PT) disse que não mexeria nos direitos
trabalhistas “nem que a vaca tussa”. Disse que não aplicaria a
política econômica de Aécio (PSDB). O governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin (PSDB), por sua vez alardeou que “em São Paulo não
falta água. E não vai faltar água”. Mentiras e mais mentiras!
Dilma prometeu fazer
diferente do PSDB para ganhar as eleições, mas mentiu e traiu a
confiança de muitos trabalhadores ao esconder o seu verdadeiro
programa de governo: ajuste contra os trabalhadores para que os ricos
continuem lucrando.
A presidente colocou um
banqueiro no Ministério da Fazenda e está aplicando a mesma
política econômica que aplicaria Aécio (PSDB) em situação de
crise: “ajuste fiscal”, quer dizer: mais exploração em cima da
classe trabalhadora para garantir alta lucratividade de bancos e
grandes empresas. Dilma (PT) faz a mesma coisa porque o PT governa
aliado com banqueiros, empreiteiras, agronegócio e banqueiros.
Governa para eles e com eles, por isso, na hora que a porca torce o
rabo faz o que eles querem contra os trabalhadores.
O PSDB também mentiu
feio. A crise da água em São Paulo é gravíssima e já afeta a
vida diária de milhões de pessoas. Estamos na iminência de uma
catástrofe social e a culpa em primeiro lugar é de Alckmin do PSDB.
Vai faltar água também em MG, que era governada por Aécio (PSDB)
e no RJ, governado pelo PMDB, aliado de Dilma (PT). Os demais
governadores não ficam atrás. Os professores e outros setores do
funcionalismo do Paraná estão dando um grande exemplo com a maior
greve contra Beto Richa (PSDB) que ataca a educação e todo serviço
público para pagar banqueiro.

Não bastasse isso tudo
há aumento generalizado de preços. Aumentou o transporte, a luz, a
água, os alimentos. E está havendo demissões em massa na
indústria, que ameaça a se alastrar para os demais setores,
especialmente para a construção civil, que, em muitos casos,
milhares de operários estão sendo demitidos sem receberem seus
direitos trabalhistas.
Chega de roubalheira na
Petrobrás! O Petróleo tem que ser nosso!
A corrupção na
Petrobras, envolvendo o PT, PSDB, PP, PMDB e as maiores empreiteiras
do país é algo muito grave. Seria necessária uma investigação
independente, feita pelas organizações dos trabalhadores, para
realmente punir todo mundo (do PT ao PSDB e TODOS os corruptos e
corruptores). E, junto com isso, defender a empresa, a soberania
nacional, os interesses do Brasil e os trabalhadores.
Em meio a essa crise e
perante o depoimento do gerente da Petrobras, Paulo Barusco, à
Operação Lava Jato, mostrando que esse esquema de corrupção
começou no governo de FHC (PSDB), notícias na rede demonstram que a
rede Globo orientou seus jornalistas a não citarem o nome do
ex-presidente Fernando Henrique (PSDB) nas suas notícias (a Rede
Globo é outra acostumadíssima a mentir).
Mas o esquema atual
começou com a quebra do monopólio estatal do petróleo e com as
medidas de privatização de FHC, que permitiu que as empreiteiras
não precisassem participar de licitação para conseguir obras.
Isto, evidentemente, não justifica que sob o PT tenha continuado e
até aprofundado a privatização e a bandalheira. Uma traição e
uma desmoralização, porque o PT quando foi fundado rejeitava
aliança com patrão e corrupção, mas hoje governa com eles, para
eles e com os métodos deles. Essas mesmas empreiteiras que ganharam
os tubos estão demitindo trabalhadores, deixando de pagar salários
e direitos. Ameaçam demitir 100 mil operários e estão parando as
obras.

Tem gente se
aproveitando da confusão. Fundos de pensão internacionais e
especuladores tentam privatizar e desnacionalizar de vez a Petrobras,
que é a maior e mais avançada empresa do país.
O petróleo é nosso e
só os trabalhadores podem apontar TODOS envolvidos nesta bandalheira
e defender a prisão e confisco dos bens de TODOS os corruptos e
corruptores, a estatização, sem indenização, das empresas
corruptas e uma Petrobras 100% estatal e sob controle dos
trabalhadores.
Maioria dos deputados
se elegeu com dinheiro de empreiteiras
Já os deputados e
senadores, que estão cortando dinheiro da educação e da saúde e
que se preparam para votar ataques aos direitos trabalhistas, são os
mesmos que vão destinar mais dinheiro aos bancos e grandes
empresários, e que votaram o aumento dos seus próprios salários em
26%. A maioria deles, 326 deputados, tiveram suas campanhas
financiadas por empreiteiras e, pelo menos 43 deles e mais 12
senadores, já estão citados na Operação Lava Jato, começando
pelo Presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB).
Esses mesmos deputados,
que não têm a menor moral, são os que pretendem votar o “ajuste
fiscal” do governo contra os trabalhadores e uma “reforma
política”, que restringe as liberdades democráticas e legaliza o
financiamento indecente de empresas e bancos para suas campanhas
milionárias.
O atual presidente da
Câmara, Eduardo Cunha, também eleito com dinheiro de empreiteiras e
banqueiros (sua campanha milionária custou mais de R$ 6 milhões),
possui largo currículo associado à corrupção. Ele entrou na
política pelas mãos de Collor de Melo e, além de tudo, é
machista, homofóbico, conservador e autoritário.
Em defesa dos nossos direitos e por nossas reivindicações
Unir as lutas, ganhar as ruas e construir um dia de paralisação nacional

- Pela revogação das
MP’s 664 e 665, em defesa do seguro desemprego, do PIS, do seguro
defeso para pescadores e da pensão por morte!
-Pela redução da
jornada de trabalho, sem redução dos salários e por uma lei que
impeça as demissões e garanta estabilidade no emprego;
-Pelo aumento geral dos
salários! Redução e congelamento dos preços dos alimentos e das
tarifas
-Por uma investigação
independente na Petrobras, que garanta a prisão e confisco dos bens
de TODOS os corruptos e corruptores; pela eleição direta pelos
trabalhadores da diretoria da Petrobrás; por uma Petrobras 100%
estatal e sob controle dos trabalhadores; pela estatização, sem
indenização, das empreiteiras envolvidas com a corrupção nas
obras da Petrobrás e nenhuma demissão de trabalhadores.
-Pela suspensão do
pagamento da dívida aos banqueiros e uso deste dinheiro para
investimento em obras ecológicas de emergência e sob controle dos
trabalhadores e da população para resolver a questão do
abastecimento de água e geração de energia;
-Pela proibição da
remessa de lucros para o exterior;
-Pela diminuição dos
salários de deputados e senadores. Salário de político igual a um
salário de um trabalhador, um professor ou um operário.
É necessário que
todas as centrais sindicais e movimentos sociais chamem uma luta
unificada em defesa dos nossos direitos, pelas nossas reivindicações
e contra a política econômica do governo Dilma (PT) e da direita,
do Congresso Nacional, dos governadores e prefeitos. Que os ricos
paguem pela crise! Que tirem dinheiro dos banqueiros e grandes
empresários e não dos trabalhadores, da saúde ou da educação!
Nós fazemos um chamado
à CUT, MST e militantes honestos do PT a romper com o governo e
construir uma mobilização unificada que bote abaixo essa política
econômica, esse “ajuste fiscal” e coloque TODOS corruptos na
cadeia.
Construir nas lutas uma alternativa de poder dos trabalhadores para governar o país. Impeachment não é a solução, a saída está na mobilização!
A última pesquisa
demonstra que a maioria dos trabalhadores e do povo está indignada
com o governo Dilma (PT), com o Alckmin (PSDB) e com “os
políticos”.
Nós do PSTU,
defendemos o voto nulo no segundo turno das eleições e dissemos na
campanha eleitoral que a candidatura do PT ao aliar-se aos banqueiros
e grandes empresários assume os interesses deles. É por isso que o
governo Dilma (PT) defende o mesmo programa do PSDB diante da crise
econômica capitalista. As candidaturas diretamente burguesas como as
de Aécio (PSDB), ou nos estados, o PMDB, ou o PP, governam em
benefício dos mesmos banqueiros, empreiteiras, agronegócio e
multinacionais.
O PSDB todos já
conhecemos de outros carnavais, das privatizações, dos escândalos
de corrupção da reeleição e tantos outros, dos ataques aos
aposentados, da criminalização das nossas lutas. Mas também existe
uma outra parte da direita que está aliada ao PT, como Sarney,
Maluf, Collor, Michel Temer, Jader Barbalho, Renan Calheiros e
outros. É por terem uma mesma opção política e econômica que o
governo e a oposição de direita brigam um montão, mas no final
estão bem juntinhos na defesa dos ataques aos nossos direitos.
É por isso que
afirmamos que é preciso que os trabalhadores para enfrentar os
capitalistas (banqueiros, grandes empresários, multinacionais e
agronegócio) precisam romper com o PT e construir uma alternativa
dos trabalhadores. Esse governo não está “em disputa” como
defendem várias organizações, que atuam para “blindar o
governo”. Os trabalhadores para defender seus direitos e garantir
mudanças precisam derrotar esse governo e a oposição de direita,
porque ambos defendem os interesses dos patrões.
É por isso também que
o “impeachment” não é a solução neste momento. Sabemos que,
como nós, muitos trabalhadores estão justamente indignados,
especialmente, com as mentiras de Dilma (PT) na campanha eleitoral.
Mas a defesa de um
“impeachment”, como alguns hoje levantam, não resolve o
problema. Isso porque este Congresso, de maioria de corruptos e
representantes dos mesmos banqueiros, grandes empresários,
multinacionais e ruralistas, não nos representa. Não pode ser que esse
Congresso e esses deputados definam se esse governo eleito permanece
ou não. De que adianta entregar o país nas mãos do vice-presidente
Michel Temer (PMDB)? Ou, pior, do deputado Eduardo Cunha (PMDB),
Presidente da Câmara?
A classe trabalhadora
pode tirar Dilma (PT) para colocar um governo seu, que defenda nossos
direitos. O caminho para isso é a luta, a mobilização social, a
greve unificada e não o impeachment. Não queremos nem o playboy do
Aécio (PSDB), que defende esse mesmíssimo “ajuste fiscal” do
governo do PT e menos ainda setores que defendem a volta da ditadura
militar (fim do direito de greve, das liberdades democráticas e
arrocho brutal sobre os trabalhadores).
Só a classe
trabalhadora, através da sua mobilização, pode construir uma
alternativa dos trabalhadores, um poder dos debaixo, e, daí sim,
tirar e por no governo quem quiser, mas controlado por nós e não
mais um representante de banqueiros e multinacionais.
O Brasil precisa de um
governo dos trabalhadores, sem patrões!
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